Certa vez, um senhor judeu estava orando ao lado da estrada. Um ministro real passou e cumprimentou o homem. No entanto, uma vez que ele estava imerso em suas orações, não respondeu ao ministro. O ministro esperou até ele completar a sua oração e em seguida gritou: “Seu tolo! Não está escrito em sua Torá: ‘Proteja a sua alma’? Como você se atreve a não responder à minha saudação? Dê-me uma razão para eu não matá-lo agora!”
“Por favor, permita-me explicar-me”, disse o judeu. “Imagine que o senhor esteja falando com o rei. Enquanto está parado frente ao monarca, um amigo seu passa e o cumprimenta. Diga-me, o senhor responderia?”
“Certamente que não”, respondeu o ministro. “E se respondesse, o que aconteceria?”, perguntou o homem. “Eles me cortariam a cabeça com uma espada”, respondeu o ministro.
“Podemos tirar a seguinte conclusão lógica de suas próprias palavras”, afirmou o homem. “Se o senhor se conduz desta maneira ao conversar com um rei de carne e osso, que hoje está aqui e amanhã já se foi, quanto mais é correto eu não responder a uma saudação ao estar rezando diante do Rei dos reis, Que é eterno”.
O ministro aceitou imediatamente a lógica das palavras do judeu e o mandou para casa em paz.
Ao longo dos séculos, a crença em D'us, o Criador do Céu e da Terra, tem sido a pedra angular da nossa fé incontestável. Em face de todas as ameaças possíveis, o povo de Israel lealmente manteve a sua fé apesar das perseguições indizíveis que sofremos ao longo de nosso exílio.
O que nos torna tão firmes em nossa convicção? Nossos sábios do Mussár revelam que a nossa profunda fé provém de um “espírito profético” que repousa no coração de cada pessoa. Significando: o Todo-Poderoso, em Sua compaixão, concedeu-nos o dom mais precioso - Ele gravou permanentemente uma fé pura e duradoura em nossas almas.
Que o nosso fenomenal “dom da fé” desperte o mérito de experimentarmos um resgate imediato e miraculoso.
Baseado no Talmud Berachót 32b