À LUZ DO MUSSÁR
O poder da persuasão externa - seja na forma de dinheiro, palavras suaves ou honrarias - é muito mais poderoso do que imaginamos. Na verdade, mesmo a menor tentação pode facilmente influenciar-nos a comprometer os nossos valores.
A Torá (Devarim 16:19) adverte os juízes: “Não corrompa a justiça, não demonstre favoritismo e não aceite suborno, pois o suborno cega os olhos dos sábios”.
O Talmud (Ketubot 105b) relata que o Rabino Shmuel estava certa vez atravessando um rio em uma balsa. Um homem se aproximou e ofereceu-lhe a mão para ajudá-lo. Depois, Shmuel perguntou-lhe o que o trouxe à cidade. “Eu tenho uma audiência no tribunal”, respondeu ele. “Então estou desqualificado de agir como seu juiz”, disse Shmuel, que era o magistrado chefe daquele tribunal.
Shmuel era tão íntegro como um anjo, bem como todos os Sábios do Talmud. Sendo assim, por que ele se absteve deste caso apenas por causa de uma cortesia menor?
A Torá nos revela a verdade sobre a sensível natureza dos seres humanos. É normal um ser humano ficar grato a alguém que lhe faz um favor. Shmuel percebeu que até mesmo um mero estender de uma mão amiga poderia causar uma perversão em sua capacidade de executar o julgamento.
Que nós possamos tomar as devidas precauções para não nos deixarmos influenciar por ‘subornos’ - e então mereceremos as bênçãos abundantes do Todo-Poderoso.
HOJE: Não importa que ‘suborno’ nos ofereçam como razão para não fazermos um bom ato ou cumprirmos uma mitsvá - não o aceitemos.