Em Memória de Alter Yossef ben Shmuel, Hanne                           Bruche bat Hazel, Samuele ben Yossef, Samuel ben                           Avraham, Regina bat Alter, Aranka bat Shmuel Biniamin e                           Lea bat Michael                           Z"L e-Mussar         
                                        
                                                    
                                                                                    
                                                                        
                                                                           
                                          
              
              
              
              
              
  Com a aproximação de Rosh Hashaná traremos edições que possam nos   inspirar a crescer espiritualmente e merecermos ser inscritos para um Ano Novo   bom e doce.
    
  Uma   noite, sob a cobertura da escuridão, um homem intencionava assaltar o tesouro   real. Ele pegou uma pá e começou a cavar. Depois de algumas horas de trabalho,   conseguiu entrar. Imediatamente começou a tatear à sua volta, procurando na   escuridão os tesouros para roubar. Porém, para seu espanto, não encontrou nada.   Sem que soubesse, ele tinha alcançado o corredor para o cofre e não o cofre em   si. Enquanto fazia sua busca infrutífera, o sol começou a despontar. Ele não   teve escolha a não ser sair, de mãos vazias, antes que fosse descoberto pelos   guardas.
            
  Naquela mesma noite, outro   homem se aproximou do tesouro real, mas pelo lado oposto. No entanto, a sorte   estava com ele - o túnel que cavou saiu diretamente dentro do cofre. Ele começou   a encher seus bolsos e sacos com ouro, prata e pedras preciosas. Quando estava   prestes a sair, sua consciência começou a incomodá-lo: "Como você pôde roubar do   rei? Você deve a sua vida a ele. Você deve amá-lo e honrá-lo ainda mais do que   ama e honra a si próprio". Aí ele colocou de volta tudo o que tinha pegado e   saiu.
    
  De manhã os guardas reais descobriram os buracos e começaram a   investigar. Em pouco tempo, prenderam os dois ladrões. Quando o primeiro homem   foi levado à presença do rei, ele disse: "Eu pretendia roubar seus tesouros. A   única coisa que me impediu foi que eu não pude encontrá-los". O rei ordenou que   fosse preso. Em seguida, o segundo foi trazido à presença do rei e disse: "Sua   majestade, eu confesso que pretendia roubar o tesouro real. Consegui entrar e   enchi meus bolsos com uma fortuna inestimável. Mas então lamentei profundamente   as minhas ações. Eu me perguntava: 'Como você pôde roubar o rei? Você não   deveria amá-lo e reverenciá-lo? Longe de mim fazer qualquer coisa que possa   desagradar ao rei!'. Assim devolvi todas as joias e eu imploro o seu perdão". O   rei deu-lhe presentes especiais e mandou-o para casa em   paz.
   
  Assim, também, existem dois tipos de arrependimento: [1] aquele   que é despertado pelo medo do julgamento e [2] o que é despertado por nosso amor   ao Criador. Embora ambas as formas sejam louváveis, o arrependimento inspirado   pelo amor desperta grande favor nos Céus. O Todo-Poderoso concede a esta pessoa   bênçãos especiais e grandes recompensas. Não porque ela resolveu não   transgredir, pois todos são obrigados a respeitar as leis da Torá, mas porque o   motivo pelo qual ela não transgrediu não foi baseado em seu medo de ser pega,   mas sim por seu amor ao Criador.
    
   
   
  *   Ben   Ish Hai   é um dos livros escritos pelo Rabino Yossef Haim (Bagdá, Iraque,   1833-1909)
                                                                           
                                                                                                                         
  
             
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