Durante o período do Dilúvio seria de se esperar encontrar uma suspensão da compaixão Divina. No entanto, antes do Dilúvio, o Todo-Poderoso instruiu Noé a trazer um representante de cada espécie para dentro do santuário da Arca e armazenar provisões adequadas para sua sobrevivência.
Noé então entendeu que, apesar do incrível e destruidor Dilúvio, a bondade do Todo-Poderoso é uma constante absoluta! Mesmo durante tempos de julgamento e destruição, a vontade primária e essencial do Criador é conceder bondades às Suas criações. Acima de tudo, D'us quer vida!
Esta revelação da misericórdia eterna do Todo-Poderoso e o amor inabalável por Suas criações teve um impacto profundo sobre Noé. Buscando seguir os caminhos do Criador, Noé foi inspirado a entregar-se de corpo e alma para beneficiar e fazer bondades às criações de D'us.
Mais ainda, ele não se limitou a recolher alimentos em geral. Noé armazenou dentro da Arca a variedade de alimentos preferida por cada animal. Além disso, aprendeu os hábitos alimentares de cada criatura - alimentando algumas durante o dia e outras à noite.
Noé percebeu que o Todo-Poderoso concedeu-lhe uma oportunidade de imitá-Lo, ou seja, “de sustentar o mundo inteiro”. Ele abraçou este desafio e dedicou-se ao atributo precioso da compaixão e bondade. O fato de saber que era o responsável pela sobrevivência das amadas criações de D'us preencheu-o com poderes sobre-humanos. Por incrível que pareça, Noé não dormiu durante todo o período de doze meses que esteve na arca!
Noé não enxergou esta tarefa desafiadora como um fardo terrível, mas sim como um trabalho sagrado: “soprar vida” nas criações de D'us. Portanto, fez sua bondade com alegria e prazer.
Que possamos também ser inspirados a praticar atos de bondade com amor, felicidade e dedicação.
Baseado no livro Or Hatzafun, do Rabino Natan Tzvi Finkel (Lituânia, 1849-1927)]
HOJE: Reflitamos sobre a bondade eterna do Todo-Poderoso e realizemos um ato de bondade com alegria.