A JUBILOSA CELEBRAÇÃO DE
HÁNUCA
O Talmud (Shabat 21a) relata que nossos Sábios instituíram a festividade de Hánuca para “agradecermos e louvarmos o Todo-Poderoso”.
Todavia, parece estar faltando algo aqui. Nossos Sábios não mencionaram que este louvor e agradecimento estivesse relacionado ao jarro de azeite que milagrosamente ardeu por oito dias (havia azeite suficiente para apenas um dia), não disseram nada sobre acender uma Hanukiá (candelabro com oito braços) em cada lar judeu nem para comemorar a milagrosa vitória dos Macabeus sobre o poderoso exército grego! Eles simplesmente disseram que Hánuca é um período para “agradecermos e louvarmos o Todo-Poderoso”. Será que o acendimento da Hanukiá não é o tema central de nossa celebração de Hánuca?
Todos os impressionantes milagres que ocorreram na época de Hánuca estavam numa magnitude de santidade equivalente à milagrosa saída do Povo Judeu do Egito. Nela o Todo-Poderoso abertamente revelou a Sua bondade, compaixão e amor pelo Povo de Israel. Por seu lado, o Povo espontaneamente regozijou-se e expressou seus agradecimentos sinceros e louvores ao Criador.
Ao acender a Hanukiá a pessoa não cumpre o Mandamento (mitsvá) de ‘agradecer e louvar o Criador’, mas ela nos ajuda a lembrarmos da maravilhosa bondade Divina. A celebração que fazemos hoje em nossos dias corresponde exatamente ao que ocorreu na geração dos Macabeus, em que eles agradeceram e louvaram o Todo-Poderoso pela revelação de Seu eterno e infinito amor por cada um de nós.
Ao acendermos a Hanukiá, que possamos refletir sobre o grande amor do Criador por cada um de nós, de modo que nossos corações se emocionem para alegremente agradecermos e louvarmos o Todo-Poderoso!
[Baseado no livro Hochma U’Mussar do Rabino Simcha Zissel Ziv (Lituânia, 1824-1898), conhecido como Alter de Kelm]
HOJE: Ao acender a Hanukiá, reflita sobre o amor do Todo-Poderoso sobre você e alegremente agradeça-O e louve-O.