NUTRINDO AS NOSSAS ALMAS
Como uma brisa de ar fresco, após dois mil anos de escuridão espiritual Avraham emergiu e iluminou o mundo. Nossos Sábios descrevem o reconhecimento do Todo-Poderoso por Avraham com uma bela parábola:
Certa vez um viajante viu um palácio todo iluminado. “Será possível que este majestoso edifício não tenha alguém que tome conta dele?”, ele perguntou-se. O zelador estava por ali e respondeu: “Eu cuido deste palácio”. Assim, também, Avraham pensou: “Será que o mundo não tem um guardião?” O Todo-Poderoso respondeu: “Eu sou o dono, o Rei do universo”.
A geração de nosso patriarca Avraham era historicamente próxima à criação do universo. Avraham conheceu Shem, o filho de Noé, e Noé viu Adão, o primeiro homem da humanidade. Portanto, neste período tão próximo à Criação, a existência de D'us era um fato universal e reconhecido por todos e não era necessário a Avraham iluminar a raça humana com o conceito da existência de um Criador.
Porém, após o grande Dilúvio, as pessoas começaram a pensar que, embora D'us tivesse criado o mundo, Ele já não era mais o seu guardião. Eles incorretamente presumiram que D'us encarregou as estrelas e planetas de tomarem conta dos eventos aqui na Terra.
Felizmente, Avraham não aceitou estas ideias. Ele olhou em volta e constatou que o mundo estava sendo dirigido com uma espetacular, ilimitada e perfeita bondade. Os rios e fontes, o sol dourado, as flores belas, a abundante variedade e quantidade de alimentos, além da preciosa dádiva da vida.
Da mesma maneira que o palácio precisa de um zelador para cuidar e manter as luzes acesas, Avraham também percebeu esta grande verdade, de que o Todo-Poderoso cuida de nós a cada segundo de nossa existência, e ensinou-a à sua geração.
Que possamos reconhecer – e nos deleitar – com a impressionante e constante bondade Divina que continuamente nos rodeia!
Shabat Shalom a todos!
Baseado no livro Lev Shalom, de autoria do Rabino Shalom Shwadron Z"TL (Israel, 1911-97), o famoso Maguid de Jerusalém