NUTRINDO NOSSAS ALMAS
Após receberem a Torá, quando o povo de Israel estava acampado ao pé do Monte Sinai, Moshe nomeou seu irmão Aaron como Sumo Sacerdote. Ainda que Korach, o primo de Moshe, estivesse com inveja de Aaron, ele não expressou o seu ressentimento naquele instante. Ele sabia que Moshe, que acabara de libertar a nação da escravidão no Egito e de dar-lhes a Torá, estava no auge de seu poder e popularidade. Alguém que falasse contra Moshe seria rapidamente censurado.
No entanto, mais tarde - após o incidente dos espiões - as pessoas mudaram sua atitude em relação a Moshe. Elas culparam Moshe pelo decreto Divino de que todas as pessoas acima dos vinte e um anos morreriam no deserto. Quando Korach percebeu a insatisfação popular, ele explorou a situação e desafiou publicamente a autoridade de Moshe.
A repentina reversão de atitude do povo em relação a Moshe é comparável ao caso de um doente que recebeu uma determinada prescrição de um conceituado médico. Porém, o paciente ignorou as instruções médicas e, algum tempo depois, faleceu. Sua tola família culpou o médico e quis processá-lo.
Assim, também, Moshe ensinou ao Povo de Israel o caminho da vida. Eles se desviaram da rota e acabaram defrontando-se com problemas dolorosos. Quando a morte veio sobre eles, eles tolamente culparam Moshe, o maior de nossos profetas.
Admitir que se está errado é um dos desafios mais difíceis da vida. Que possamos ter a coragem moral de admitir nossos erros e transgressões. Por sua vez, seremos abençoados com paz, harmonia, perdão e muitos bons amigos.
Tenham todos uma boa semana!
[Baseado no livro Daat Torá do Rabino Yerucham Halevi Levovitz-(conhecido como Rav Yerucham de Mir, Lituânia e Polônia,1874-1936)eRamban (Rabino Moshe ben Nachman, Espanha e Israel, 1192-1270)]
HOJE: Que possamos terá coragem de pedir perdão assim que reconhecermos que agimos de forma inadequada.