Damesma formaque a doença espiritualtzaraatsurgia na pele como uma punição pela arrogância ou por falasproibidas (difamação, fofocas, mexericos, etc), ela podia também aparecer nasparedes da casa, como consta na Torá: “Colocareitzaraatsobre a casa(Vaikrá14:33)”. Se um chefe de família suspeitasse que sua casa estavaafligida comtzaraat,deveria ir ao Cohen (sacerdote) e dizer: “Algo comotzaraatapareceu em minha casa (Vaikrá14:35)”.
Mesmo se esteproprietário fosse um estudioso da Torá e especialista em diagnosticartzaraat, ele não deveria declarar conclusivamente que aquelas manchaseramtzaraat.Ao contrário, deveria dizer: "Algo que se parece comtzaraatsurgiu".
Porém, surge umapergunta: a declaração do proprietário não tem influência alguma sobre o estadoda casa. Somente o Cohen tinha autoridade para decidir se estava ou não impura.Sendo assim, por que o proprietário deveria escolher suas palavras de forma aexpressar-se de uma maneira não absoluta?
A Torá veio nos ensinaraqui sobre a ética da fala. Ao precisar relatar algo negativo, nunca se devepronunciar um veredito incontestável. Ao contrário, a pessoa deve expressar suaopinião como uma dúvida: "Isso parecetzaraat"ou "Talvez sejatzaraat".Deixar um elemento de incerteza suaviza o impacto sobre oreceptor da notícia. Este modo de expressar-se com simpatia e compaixão dáesperanças e ajuda o receptor da notícia a absorver e adaptar-se à suacircunstância.
Da mesma forma, namedicina, o impacto de um diagnóstico transmitido ‘a seco’, impulsivamente, demaneira não pensada, prejudica e põe em risco o paciente mais do que a própriadoença. Assim, preservar a confiança do paciente através de uma comunicaçãosensível e delicada é um dos elementos mais importantes na cura de doenças.
Por outro lado, quandouma pessoa faz um relato positivo ou dá uma opinião otimista a alguém, deveexpressar-se com otimismo e segurança total. Sua esperança e confiança irão'levantar os espíritos' e encorajar o receptor do relato, dando-lhe uma novafonte de força e confiança.
[Baseadono livroDaat TorádoRabinoYerucham HaleviLevovitz-(conhecido como Rav Yerucham de Mir, Lituânia e Polônia,1874-1936)]
HOJE:Falemostodas as nossas palavras com gentileza, simpatiaecordialidade.