“RabiChanina ben Dossa disse: ‘Todo aquele cujos bons atos superam sua sabedoria, suasabedoria perdurará; mas todo aquele cuja sabedoria supera os seus bons atos,sua sabedoria não perdurará’.” (3:11)"
Quando pensamos em um sábio, imaginamos um homem imerso em estudos epesquisas.Ele pode não saber muitosobre o que ocorre fora da biblioteca, mas sua erudição é do mais alto nível deacuidade intelectual.
Não obstante, a Torá nos diz exatamente o oposto! O texto acima diz:"todoaquele cuja sabedoria supera os seus bons atos, sua sabedoria nãoperdurará’",significado que, no final, sua sabedoria irá se exaurir. Por outro lado,"todoaquele cujos bons atos superam sua sabedoria, sua sabedoriaperdurará".
Isso parece contraditório! Seseusbons atosexcedem a sua sabedoria, nos pareceria que sua sabedoria está deficiente. Porque um 'excesso' de boas ações facilitaria a preservação dasabedoria?
Quando as boas ações de uma pessoa excedem a sua sabedoria, elacontinuamente desejará aumentar o seu saber. Em outras palavras, o verdadeirodesejo por sabedoria é obter o conhecimento prático de como realizar boas ações.Portanto, a pessoa que realiza muitas boas ações verdadeiramente deseja maissabedoria, isto é, o conhecimento de como realizar mais e novas boas ações.Sua sede de conhecimento de como fazer obem irá impulsionar o seu desejo constante de aumentar a suasabedoria.
Já uma pessoa que adquire sabedoria mas não a aplica na prática, nãopossui a verdadeira ‘sede por sabedoria’. Por conseguinte, o seu saber nãodeslanchará e, com o passar do tempo, diminuirá edesaparecerá.
Que possamos preencher nossos corações com o desejo de adquirir asabedoria de como realizar boas ações. Consequentemente iremos realizar muitasboas ações e nossa sabedoria irá perdurar!
[Baseadono comentário doRabeinuYoná (Espanha, *-1263)sobre o Pirkei Avót]
HOJE:Tornemo-nos sábios realizando muitas boas ações e despertando nossa sede porconhecimento.
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