À LUZ DO MUSSÁR
Hilel dizia: “Não julgue o próximo até estar em seu lugar” (2:5)
Há uma tendência na natureza humana de criticar os outros por suas falhas, erros e imperfeições. Entretanto, geralmente não sabemos os fatores que levaram a estes deslizes. Além do mais, se estivéssemos sob as mesmas pressões que causaram com que nosso amigo(a) errasse, talvez falhássemos de forma ainda pior do que ele(a)!
Por exemplo: houve um rei no Povo de Israel chamado Yerovam ben Nevat, que sucedeu o rei Salomão. Era um grande e sábio erudito, mas acabou levando o Povo Judeu à idolatria. Foi ele que causou a divisão das 12 tribos entre o Reino de Israel (dez tribos) e o Reino de Yehuda (duas tribos). As dez tribos – a vasta maioria do Povo Judeu – foram conquistadas e se perderam do Povo Judeu.
Quando o rei Salomão completou a construção do Templo Sagrado de Jerusalém, ele colocou as chaves do Templo debaixo de seu travesseiro, de forma que poderia despertar cedo e realizar o culto da manhã no Templo. No entanto, uma pessoa estendeu uma tapeçaria coberta com estrelas de bronze sobre a cama do rei, ele viu as estrelas e pensou que ainda era noite, e acabou ocorrendo que a abertura das portas do Templo foi adiada por quatro horas.
Yerovam veio com um grupo de homens e criticou e zombou o deslize do rei. Neste momento uma estrondosa Voz Celestial dirigiu-se a Yerovam e disse: “O Rei Salomão errou involuntariamente. No entanto, você, Yerovam, acabará por cometer um erro muito mais grave e intencional”.
Que possamos ver os outros com olhos bondosos e simpáticos, especialmente quando cometem um erro. Por sua vez, nossos amigos – bem como o Todo-Poderoso – nos tratarão com empatia, carinho e respeito.
Baseado nos comentários de Rashi, o Rabino Shlomo ben Ytschak (França, 1040-1104) sobre o livro Pirkei Avót
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