“Yehoshua ben Perachia disse: ‘julgue todas as pessoas favoravelmente’ (1:6)”.
Às vezes, nos relacionamentos interpessoais, há pessoas que se conduzem de um modo que pode ser interpretado como bom ou ruim. Por exemplo: imaginemos que estamos no aeroporto, numa fila para pegar um vôo e estamos atrasados. Quando estamos prestes a falar com o atendente, um homem corta a fila à nossa frente. Eu começo a fumegar e protesto contra a sua audácia.
Aí o atendente me interrompe e diz: “Desculpe-me, senhor, mas este homem já estava na fila. Eu o enviei para checar seu bilhete com o supervisor e lhe disse que poderia voltar sem ter que esperar na fila novamente”. Eu murmuro um pedido de desculpas e me arrependo por fazer papel de tolo.
Pode-se questionar o uso racional de se enxergar tudo pelo lado positivo. Consideremos este homem que ficou com raiva quando alguém cortou a sua frente na fila no aeroporto. Ele aprendeu a lição e decidiu começar a julgar todos favoravelmente. Poucos dias depois, lá estava ele esperando em uma longa fila no banco quando uma senhora corta a sua frente. Ele logo se lembra: “julgue todas as pessoas favoravelmente” - e se encolhe à lembrança de sua última acusação falsa. “Relaxe, meu velho”, ele diz a si mesmo, “ela provavelmente estava na fila e saiu por um momento”. Ele respira profundamente - pois conseguiu ver a situação por uma ótica positiva - mantém a boca fechada e começa a se acalmar.
Alguns diriam que ele foi estupidamente ingênuo. Porém, seguindo a orientação acima, ele se salvou da raiva e do aborrecimento - e conseguiu manter um sorriso no rosto. Já aquele que opta por ignorar este conselho perde totalmente a paciência. Quem é o maior esperto?
Boa Semana a Todos!
[Baseado no comentário do Rabeinu Yoná (Espanha, *-1263) sobre o Pirkei Avót]
HOJE: Julguemos as pessoas favoravelmente em todos os nossos relacionamentos interpessoais. Desta forma, permaneceremos calmos, felizes - e sábios!
