Certa vez, quando o Rabino Hia bar Aba estava doente, o Rabino Yohanan o curou. Em outra ocasião, quando o Rabino Yohanan ficou doente, o Rabino Hanina o curou (Talmud Berachót 5b). A grande sabedoria da Torá e a santidade desses homens os dotaram com poderes especiais.
O Talmud pergunta: “Se o Rabino Yohanan tinha o poder de curar os outros, por que não curou a si mesmo quando ficou doente?” E nossos Sábios responderam: “Um prisioneiro não consegue libertar-se sozinho da prisão!”
A penitenciária é um lugar especialmente equipado com grades, muros altos e guardas para impedir a fuga. Se um grande guerreiro está preso, sua incapacidade de sair não reflete fraqueza. Ao contrário, esta incapacidade deve-se às barreiras externas que limitam o seu movimento.
Assim também, quando um grande tsadik fica doente, os seus poderes interiores não estão diminuídos. São os efeitos externos de sua doença que o impedem de exercer os seus poderes inerentes. Portanto, quando o Rabino Yohanan ficou doente, ele precisou da ajuda do Rabino Hanina para curá-lo.
Quando nos encontramos em uma situação difícil, às vezes pensamos que é um sinal de fraqueza pedir ajuda aos nossos amigos. No entanto, agora podemos entender que a nossa incapacidade de nos livrar de um grande problema não reflete nenhuma fraqueza. Pelo contrário, a imensidão do desafio pode estar simplesmente além do alcance de nossa capacidade inerente.
Portanto, é correto pedir e aceitar ajuda se estivermos precisando de assistência. Ao receber a ajuda que precisamos e realmente merecemos, estaremos livres das restrições externas impostas sobre nós pelo estado temporário das coisas. Aí retornaremos a uma situação normalizada, em que os nossos talentos e poderes naturais funcionarão com força total - gerando muito sucesso, vitalidade e felicidade.
HOJE: Se alguém estiver passando por uma situação de apuro, que peça a um amigo sua amistosa ajuda - e desfrutará assim ‘o brilho do dia’!
