Aperspectiva e a capacidade de avaliar a importância de um assunto desempenham umpapel primordial em nossa receptividade e aceitação das mitsvót (MandamentosDivinos). Se encararmos as mitsvót como uma tarefa que ‘temos que fazer’, nãoteremos muito entusiasmo com elas. Afinal, o que estamos ganhando? Todavia, seentendermos que as mitsvót têm como único objetivo o nosso benefício, iremosenxergá-las e abordá-las com alegria e vigor.
Sobesta luz, oRabinoMoshe Chaim Luzzato (conhecido pelo acrósticoRamchal)ensinou:“O propósito de cada mitsvá (tanto os mandamentos positivos como as proibições)é ajudar as pessoas a atingirem um determinado nível de excelência ou eliminarcerta área de deficiência”.
Portanto,cada mitsvá que realizamos é como um tônico de cura para nossas almas. OTodo-Poderoso conhece a nossa natureza e os elementos necessários ao seuaperfeiçoamento. Ele nos presenteou com as mitsvót a fim de nos trazer obem-estar espiritual.
Enxergandopor este prisma, o cumprimento das mitsvót já não é um fardo que temos decarregar. Pelo contrário, é uma dádiva Divina visando totalmente o nossobenefício. De fato, o conhecimento das mitsvót e o seu desempenho é o sistemamais eficiente e eficaz de corrigir as falhas de nossanatureza.
Talvezeste conceito lance luz sobre um fato relatado no Talmud que ocorreu com RabiBeron. Certa vez ele programou suas orações da manhã para coincidirem com osegundo exato do nascer do sol, o que lhe fez sorrir o dia inteiro! Alguémpoderia pensar: “Qual o motivo de tanta felicidade em acordar de madrugada erezar com o nascer do sol?” A resposta é que Rabino Beron sabia que o nascer dosol é o momento mais propício para as orações da manhã. Sendo assim, ele ficouextremamente feliz porque conseguiu a cura definitiva, a bênção e a retificaçãoque acompanham a mitsvá da oração.
[Baseadono livroDerechHashem,do Rabino Moshe Haim Luzzato(Itália,1707-1746)]
HOJE:Pratiquemos asmitsvót com a consciência de que elas estão melhorando e refinando nossosespíritos e almas.