A ÉTICA DE NOSSOS ANTEPASSADOS
Com a aproximação de Rosh Hashaná traremos edições que possam nos inspirar a crescer espiritualmente e merecermos ser inscritos para um Ano Novo bom e doce.
“Yossi ben Yohanan, da cidade de Jerusalém, disse: ‘Que a sua casa esteja plenamente aberta à hospitalidade e que sejam os carentes parte de sua própria família’ (1:5)”.
Os Sábios de Jerusalém costumavam dizer: “A preservação do dinheiro é a sua diminuição”, significado que, quando uma pessoa dá à caridade (ou seja, “a diminuição de seu dinheiro”), D'us salvaguarda as suas posses. Não apenas isso, mas Ele também abençoa essa pessoa generosa com o aumento de sua riqueza.
O profeta Oséias disse (10:12): “Semeie as sementes da justiça e colha de acordo com a misericórdia”. Este versículo compara o ato de contribuir à caridade (tsedaká) com o plantar de sementes num solo não cultivado. Por que um fazendeiro nunca dirá: “O que estou fazendo? Fiquei maluco? Estou pegando as sementes de trigo e cevada que trabalhei tão duro para produzir e jogando-as no chão?”?
A resposta é que ele sabe que ao plantar uma quantidade mínima de sementes, terá um lucro considerável. O agricultor espalha algumas sementes e colhe uma safra abundante. Assim também, quando a pessoa doa para a caridade, parece que está perdendo dinheiro. No entanto, as sementes da justiça que plantou irão proporcionar-lhe um rendimento abundante.
Se pensarmos bem, dar dinheiro à caridade é um fenômeno ainda mais incrível que o da agricultura. Quando a pessoa planta, as sementes apodrecem no solo antes do trigo começar a crescer. Já quando se doa à tsedaká, o dinheiro beneficia imediata e diretamente o destinatário - bem como o próprio doador, cujo patrimônio é abençoado. Que nos inspiremos a fazer caridade e receber convidados em nossas casas. Como resultado, o Todo-Poderoso premiará os nossos atos de bondade com uma colheita abundante de bênçãos neste mundo e no Mundo Vindouro!
Baseado nos comentários do Rabino Chaim de Volozin (Lituânia, 1749-1821)