Com a aproximação de Rosh Hashaná traremos edições que possam nos inspirar a crescer espiritualmente e merecermos ser inscritos para um Ano Novo bom e doce.
A Torá nos relata que após ser salvo do Dilúvio, Noé, atipicamente, bebeu vinho e ficou embriagado. Devido ao seu estado de embriaguez, adormeceu despido. Seu filho, Ham, viu o pai sem roupas e o envergonhou.
Shem e Yafet, os outros dois filhos de Noé, quando souberam da situação, ajudaram-no com grande respeito. Cada filho pegou o canto de um cobertor e, andando para trás, cobriram o pai sem olhar para a sua nudez.
Este incidente revela a natureza ordinária de Ham em contraste com a natureza nobre de Shem e Yafet. Ham caiu numa das armadilhas muito comuns da natureza humana: a de julgar e censurar os outros por suas falhas. Quando notou uma imperfeição no comportamento do pai, ele pôs de lado todas as suas inúmeras boas qualidades e classificou-o como um “bêbado desprezível”.
Em contraste a esta reação lamentável, o caráter íntegro de Shem e Yafet os levou a agir de maneira nobre. Não só não menosprezaram o comportamento pouco elogioso do pai, mas viraram o rosto para o outro lado para evitar olhar a vergonha de Noé, e ainda imediatamente tomaram medidas para ‘encobrir’ a sua desgraça.
A conduta exemplar dos dois irmãos nos ilumina o caminho correto e exaltado para os relacionamentos interpessoais: eles se comprometeram a SEMPRE enxergar o lado positivo dos outros e a NUNCA dar ênfase aos pontos negativos, fazendo esforços para coroar seus companheiros com dignidade e honra.
Concentremo-nos em ver as coisas boas nos demais - e em nós mesmos - para nos edificarmos e a todos aqueles com quem temos contato.
Uma ótima semana a todos!
