Com a aproximação de Yom Kipur traremos edições que possam nos inspirar a crescer espiritualmente e merecermos ser carimbados para um Ano Novo bom e doce.
O profeta Isaías (58:5) – falando em nome do Todo-Poderoso – repreendeu o Povo de Israel por estarem desanimados em Yom Kipur: “É melancólico assim o jejum que Eu escolhi? É o propósito do dia que a pessoa meramente se aflija? Deve ela inclinar sua cabeça como um junco e estender uma veste de remorso e cinzas sob seus pés?”
Por que o Profeta repreendeu o Povo? Yom Kipur é um dia de julgamento, arrependimento e jejum. O foco principal do dia não é refletir sobre nossos erros e deficiências e sentir uma sensação de desânimo e melancolia?
No versículo seguinte (58:6) Isaías explica o que deve ocorrer no dia de Yom Kipur: “Não! O propósito deste jejum é soltar as algemas da perversidade, desfazer os laços do jugo, deixar que os oprimidos saiam livres e anular toda perversão”.
Yom Kipur é um momento de libertação. Ele nos proporciona a oportunidade de livrarmo-nos da negatividade e do egoísmo. Se abrirmos nossos corações ao poder do Yom Kipur e preenchermos as nossas almas com bondade e benevolência, “então sua luz irromperá como a alvorada e sua cura brotará rapidamente (58:8)”.
Este versículo ensina que Yom Kipur é um momento de alegria e celebração, pois não há maior felicidade do que se obter perdão por equívocos do passado. É verdade que certos aspectos da nossa observância evocam remorso – porém eles são um meio e não um fim em si. Através da compreensão adequada e do cumprimento do procedimento de Yom Kipur nossas almas são purificadas e elevadas e nossos corações abastecidos de alegria!
Baseado no livro Or Hatzafun, do Rabino Natan Tzvi Finkel (Lituânia, 1849-1927)