Em Memória de Alter Yossef ben Shmuel, Hanne Bruche bat Hazel, Samuele ben Yossef, Samuel ben Avraham, Regina bat Alter, Aranka bat Shmuel Biniamin e Lea bat Michael Z"L
À Luz do Mussár
À Luz do Mussár
Durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, muitas bombas caíram em Jerusalém. O refeitório da Yeshivá Mir foi utilizado como abrigo antiaéreo provisório para os alunos da Yeshivá e para os residentes da comunidade que não tinham outra área adequada de proteção. O refeitório ficava no porão de um prédio de dois andares. Os estudantes e as outras pessoas se amontoavam com medo e apreensão, sabendo muito bem que se o edifício sofresse um impacto direto, a bomba iria penetrar através dos andares superiores e explodir no porão.
Felizmente, o edifício da Yeshivá não foi danificado durante o curso da guerra. Após os combates, soldados vistoriaram o prédio e encontraram três grandes bombas caídas sobre o telhado do edifício. Milagrosamente, nenhuma delas explodiu com o impacto!
Os alunos se encheram de grande entusiasmo pelo milagre que o Todo-Poderoso realizou em mérito de seu estudo de Torá.
Porém, o Rosh Yeshivá (diretor), o rabino Chaim Shmuelevitz (Polônia e Israel, 1902-1978) discordou da hipótese dos alunos e disse: "Nós não fomos salvos por conta de nosso mérito. Deixe-me contar-lhes o segredo. Havia uma mulher da vizinhança que se abrigou no refeitório. Essa mulher foi abandonada pelo marido quando ainda jovem e teve que criar cinco filhos sozinha. Vocês podem imaginar quanta dificuldade e angústia ela sofreu. Durante os bombardeios eu estava ao alcance da voz dela e ouvi como ela ofereceu sinceras orações a D'us. Eis o que ela disse:
Senhor, meu marido me causou problemas terríveis e me deixou responsabilidades enormes, abandonando-me sozinha para criar e sustentar uma família. Trabalhei como empregada doméstica para ganhar algum dinheiro para sustentar os meus filhos com o mínimo indispensável. No entanto, eu perdoarei o meu marido por toda a dor que ele me causou se o Senhor perdoar todos os pecados de todos os que estão aqui e nos permitir viver".
O Rabino Shmuelevitz continuou: "Queridos alunos, foram as orações sinceras desta boa mulher que salvaram a Yeshivá!"
Baseado no livro Sheifos, de Rav Yitschac Hershkowitz (EUA)
HOJE: Que esta história verdadeira nos inspire a recitarmos orações sinceras por todo o Povo de Israel.