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quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Será que a Tsedaká Voa ?

Em Memória de Alter Yossef ben Shmuel, Hanne Bruche bat Yaacov, Samuele ben Yossef, Samuel ben Avraham, Regina bat Alter, Aranka bat Shmuel Biniamin e Lea bat Michael Z"L

Parábolas do Ben Ish Hai (*)


          Certa vez que um homem fez a seguinte pergunta ao seu filho, um garoto muito inteligente: "Vamos supor que dez aves pousaram no telhado da nossa casa.  Logo quatro arqueiros se aproximaram e cada um deles disparou uma única flecha e matou um pássaro. Diga-me, meu filho, quantos pássaros restaram no telhado?"

         "Quatro", respondeu o menino.

         "Creio que você calculou errado", disse o pai. "Se você subtrair as quatro aves mortas do grupo original de dez, restarão seis aves."

         A criança retrucou: "Uma vez que as setas atingiram seus alvos, os restantes seis pássaros temeram por suas vidas e rapidamente fugiram. Portanto, apenas as quatro aves mortas permaneceram no telhado e nada neste mundo as fará sair do seu lugar". O pai ficou contente com a sagacidade do garoto e disse: "Você respondeu muito bem, meu filho".

         Assim, também, quando a pessoa dá dinheiro para a tsedaká (caridade), muitas vezes ela considera esse dinheiro como se tivesse 'voado', ou seja, ele está 'morto', pois o dono original não pode mais ter qualquer benefício daqueles fundos. Por outro lado, o dinheiro restante em seu bolso é considerado como algo 'vivo', pois pode gastá-lo como bem entender.

         No entanto, a verdade é justamente o contrário! O dinheiro que está em nossas mãos pode 'voar' num segundo, assim como os seis pássaros no telhado que levantaram voo. Na verdade, o rei Salomão já ensinou esta ideia há muitos séculos atrás (Mishlei 23:4-5): "As riquezas fazem para si asas e voam como uma águia para o céu".

        Já o dinheiro que a pessoa dá para a tsedaká permanecerá com ela para sempre! Assim como os pássaros mortos nunca sairão de seu domínio, assim também, a pessoa desfrutará o mérito de sua caridade e boas ações tanto neste mundo como no Mundo Vindouro.

        Ao contribuirmos com alguma causa de tsedaká, digamos: "Este é o melhor investimento que eu já fiz!"

 




* Ben Ish Hai é um dos livros escritos pelo Rabino Yossef Haim (Bagdá, Iraque, 1833-1909)
 





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